Tempo de viagens reais e tempos percebidos
Tenho andando muito a pé e de bicicleta, a velocidade com
que as pessoas circulam em seus carros tem-me dado medo, ou melhor, receio.
Alguns momentos após ter essa percepção me dei conta que quando dirijo, faço-o
na mesma velocidade, portanto, se estivesse caminhando poderia me ver dirigindo
rapidamente e teria receio de mim mesmo.
Parece loucura, mas não é. A realidade tem mostrado que
velocidade, imprudência e imperícia tem sequelado e matado muita gente. Se
diminuíssemos um pouco, e apenas um pouco, a velocidade dentro das vias urbanas, resolveríamos uma quantidade inimaginável de problemas, dentre eles: as mortes desnecessárias; as mutilações emocionais e físicas às pessoas acidentadas e aos parentes e
amigos; a reparação de bens materiais; indenizações; o espalhamento das cidades
(não óbvio e não é intenção do texto demonstrá-lo) etc., etc., etc.
A primeira coisa que as pessoas
iriam notar é que o tempo de viagem em carros quase não se alteraria, ou se alteraria muito pouco.
Suponha que uma diminuição na velocidade permitida dentro da cidade gerasse uma variação fosse em torno de 10% para mais no tempo de viagem, portanto uma viagem de 20 ou 30 minutos teria uma diferença a mais de 2 a 3 minutos, ou seja, um tempo muito pequeno quando consideramos os tempos totais de deslocamentos, poderíamos dizer que significa muito pouco quando se trata de minimizar acidentes.
Apesar de o tempo total não mudar significativamente, a simples percepção aumentada da realidade nos faz entender que estaríamos na verdade perdendo mais do que os 2 ou 3 minutos reais. A comparação entre as viagens no estado 1 (devagar) em relação ao estado 2 (rápido), poderia alterar a capacidade de julgamento e poderia induzir tanto condutor quanto passageiro de que, na verdade, a viagem poderia ter sido feita muito mais rapidamente do que realmente seria, caso estivessem viajando na velocidade anterior.
Suponha que uma diminuição na velocidade permitida dentro da cidade gerasse uma variação fosse em torno de 10% para mais no tempo de viagem, portanto uma viagem de 20 ou 30 minutos teria uma diferença a mais de 2 a 3 minutos, ou seja, um tempo muito pequeno quando consideramos os tempos totais de deslocamentos, poderíamos dizer que significa muito pouco quando se trata de minimizar acidentes.
Apesar de o tempo total não mudar significativamente, a simples percepção aumentada da realidade nos faz entender que estaríamos na verdade perdendo mais do que os 2 ou 3 minutos reais. A comparação entre as viagens no estado 1 (devagar) em relação ao estado 2 (rápido), poderia alterar a capacidade de julgamento e poderia induzir tanto condutor quanto passageiro de que, na verdade, a viagem poderia ter sido feita muito mais rapidamente do que realmente seria, caso estivessem viajando na velocidade anterior.
Essa é uma hipótese e pretendo
testá-la com meus alunos, a continuação do post demorará, estou curioso para
testar a hipótese:
A diminuição de velocidade na
ordem de x% implica em um aumento do temo de viagem em y%, porém a percepção do
tempo de viagem aumenta em y+z%.
Testemos.
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