Educação para a vida
Há alguns anos fui levar meus sobrinh@s para a escola na
cidade de Hampden no estado do Maine. Meu irmão me alertou de uma maneira
inusitada, disse-me: Não vou tirar você da prisão, se você vir um ônibus
amarelo não o ultrapasse em hipótese alguma. Naquela, como em tantas outras cidades
americanas, a prática é que, se você ultrapassar um ônibus escolar,
provavelmente alguém anotará sua placa e telefonará para o xerife, de posse da
placa do carro o senhor xerife irá lhe visitar e lhe prender, simples assim.
Aquelas palavras eram mais ameaçadoras do que propriamente
um conselho. Dirigi pelas vias da cidade torcendo para não encontrar um
daqueles ônibus, não queria correr o risco. Quando cheguei perto do colégio pude avistar dois radares com
o respectivo aviso de limite de velocidade. Entreguei as crianças na escola e voltei para
casa.
A conversa com meu irmão ficou impregnada na minha mente.
Esta semana vi um vídeo na internet sobre os ônibus americanos, antes já havia postado como o brasileiro se comportava em frente as escolas. Nessa postagem junto as duas coisas.
Todos os dias convivo com o desrespeito na porta da escola
quando vou deixar minha filha. Há uns 2 anos a escola fez uma semana do
trânsito e as crianças passaram a incorporar as leis. Conclusão: muitos pais
foram reclamar na secretaria do colégio que os filhos deles estavam chamando a
atenção deles por furarem os semáforos, pararem em cima da faixa de pedestres
etc. A diretora constrangida me contou a experiência. Acho que desistiram da
educação para o trânsito, nunca mais vi uma ação na escola, uma pena.
Pequenas ações do cotidiano mostram o comportamento relativo ao respeito as leis. Como esperar que melhoremos se não respeitamos nem mesmo nossos filhos?
Brasil, Mossoró-RN
Estados Unidos:
Ônibus escolar